Poesia para combater a injustiça, poemas em torno de uma assimilação cultural disfarçada de diversidade e miscigenação, com mensagens críticas e nada indulgentes, escritas numa linguagem desprovida de qualquer adorno, marcaram o início das celebrações da língua e cultura alemãs, no Cine-Teatro Scala, no dia 11 de Outubro, com a exposição gráfica dos poemas da escritora e activista May Ayim.
As performances do actor Hélio Pelembe e das actrizes Josefina Massango e Lucrécia Paco deram mais vida e brilho à exposição, numa perfeita combinação de dramaturgia, poesia e canto. A May Ayim viveu, ela vive! E sua poesia ressalta a necessária crítica à supremacia branca, em prol da liberdade e da justiça.
Com a produção de Paola Prandini, como cofundadora da organização brasileira Afroeducação, a exposição dos poemas da poetisa afro-alemã May Ayim (1960-1996) está patente no Cine-Teatro Scala e insere-se nas actividades das Semanas da Língua e Cultura Alemãs.
Ainda no dia 11 de Outubro, arrancou o Ciclo de Cinema Alemão, também no Cine-Teatro Scala, com a exibição do filme “No hard feelings”, de 2020, e que foi premiado com o Teddy Award como melhor longa-metragem com temática LGBTQIA+.
Com entradas no valor de 200MT e um preço especial de 100MT para estudantes, a exibição dos filmes do Ciclo de Cinema Alemão, no Cine-Teatro Scala, seguiu com as longa-metragens “Berlin Alexanderplatz”, uma adaptação moderna e livre do romance de Alfred Döblin, no dia 12 de Outubro; Undine, de Christian Petzold, no dia 13 de Outubro; Hannah Arendt, de Margarida Von Trota, no dia 14 de Outubro; e Relativity, de Mariko Minoguchi, no dia 15 de Outubro. Todas as exibições acontecem às 18h no rooftop do Scala.